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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Seminário "Diversidade, Educação e Cidadania" - 30/6, IE - UL


Dia 30 de junho 2015, no Instituto de Educação da Universidade de Lisboa.
A entrada é livre, mas mediante inscrição prévia.

14h30 - Workshops 

Aqui fica o nosso (entre outros): «“Habitar” a cidade da educação – Onde? Com quem? Como?...»

Manuela Maciel (Clínica Esfinge)
Margarida Belchior (Escola EB "O Leão de Arroios"; UIDEF, IE-UL)

Na “cidade da educação” há muitos “bairros” habitados por vários cidadãos, muito diferentes uns dos outros, com histórias, desejos e projetos diversos. Nesta “Cidade”, entre os vários bairros, vão-se gerando dinâmicas de encontro e vai-se aprendendo a vivê-la em conjunto. «Como viver “em conjunto”, em espaços educativos, a diversidade?» - será a questão de partida neste workshop, que se desenvolverá através de metodologias sociodramáticas e procurará atender às preocupações trazidas por aqueles que nele participarem, num exercício que servirá de ensaio a uma construção coletiva, participada e dialogada da "cidade".



Para saber mais: http://mbmesquita.wix.com/seminariodec?fb_ref=Default

O programa: http://mbmesquita.wix.com/seminariodec?fb_ref=Default#!progamacao/csgz


domingo, 3 de maio de 2015

Sociodrama no XXIX Encontro de Educadores pela Paz - Galiza, Chantada (24, 25, 26/4/2015)

[Foto de grupo do Encontro]



Foi neste contexto de grande participação e alegria que foi desenvolvido um workshop de "Sociodrama: intervenção e educação". A chuva que nos acompanhou nestes dias em nada perturbou as atividades previstas no programa do encontro, nem o empenho de todos os que se deslocaram até Chantada, Instituto Educativo de Vale do Asma. Parabéns pela excelente organização e acolhimento!! Parabéns pela juventude e empenho na participação de todos os presentes!

Foram 20 os participantes do workshop de sociodrama. Um grupo, de mulheres, maioritariamente de gente jovem, com uma enorme abertura e curiosidade para conhecer e experimentar o sociodrama.
Desde a fase de aquecimento (fase de apresentação com jogos de apresentação, música e deslocações no espaço, locogramas e axiogramas) foi revelada a grande generosidade e entrega deste grupo: com a escolha de personagens da infância (que foram convidados a encarnar, dramatizar, com a ajuda de objetos disponíveis) as saudades dos pais e dos/as avós que já partiram fizeram-se presentes de forma intensa. Foi necessário acolher e lidar com todas essas emoções. O jogo da floresta mágica (as "árvores" que protegem os viajantes que se deslocam pelo meio da floresta de olhos fechados e não deixam que nada de mal lhes aconteça) foi uma forma de isso acontecer. Serviu também para cada um perceber como lida com o desconhecido, com o imprevisível.
Formaram-se depois grupos de acordo com as cores de que cada um estava vestido. Cada grupo escolheu um tema, um movimento e um som para se apresentar ao grande grupo. Surgiram: o outono, com as suas folhas secas, acompanhado do som (feito com folhas de jornal) do caminhar sobre elas; a trovoada e a tempestade, com o som do ribombar dos trovões; as pombas da paz e a canção que as acompanhou voando sobre Chantada; o mar e a onda que nos envolve. À medida que cada grupo se ia apresentando, todos iam mimetizando o movimento e o som apresentados. Foi um momento de uma grande criatividade e espontaneidade. Seguiu-se a escolha do tema a trabalhar pelo grupo. O tema escolhido foi o do mar. Para percebermos como iríamos trabalhar esse tema, foi sugerido aos participantes que voltassem a passear pela sala e que fossem pensando no que esse tema lhes invocava: o mar calmo e tranquilo ao final da tarde, as profissões associadas ao mar e a necessidade de sobrevivência, o mar (água) como fonte de vida, a praia e o descanso prazeroso, desfrutando da frescura do mar, o mar revolto e alterado e os sustos que nos pode pregar, ...
Com as emoções ao rubro, decidimos dramatizar um "susto" apanhado no mar: uma brincadeira com bola, acompanhada por uma irmã mais velha, num mar calmo; a irmã ausentou-se, o sol escondeu-se atrás das nuvens, o mar alterou-se e o afogamento estava eminente, quando surgem dois salvadores que a trazem para terra; a ambulância, o hospital, a mãe aos gritos e em choque fizeram parte deste episódio que acabou bem, porque tudo se resolveu da melhor forma. Depois foi necessário festejar esta vida que se tinha salvo: fizemos uma grande festa em conjunto, com muita música e danças.
Desenrolada a ação surgiu a fase da partilha e reflexão: algumas participantes referiram como o papel para o qual tinham sido escolhidas está relacionado com o papel que habitualmente desempenham no seu universo familiar e de amigos; outras referiram como os jogo dramáticos experimentados podem ser realizados no seu quotidiano; mas qual é a diferença entre o sociodrama e o psicodrama?
Resposta dada:
- para se ser psicodramatista é necessário ter uma formação de psicoterapeuta que não tenho, só tenho formação de sociodramatista;
- a intenção deste workshop é fazer sociodrama, não psicodrama; se fosse psicodrama tudo teria sido orientado de outra forma;
- na minha formação como sociodramatista, a da Sociedade Portuguesa de Psicodrama, há uma clara distinção entre uma abordagem individual e psicoterapêutica, a do psicodrama, e a do sociodrama, uma abordagem centrada no grupo; há situações em que a fronteira entre estes dois tipos de abordagem não é clara e as escolas de formação têm também uma abordagem diferente umas das outras, por exemplo, na Argentina há quem fale de psico-sociodrama; há sempre um fenómeno que se dá, mesmo no psicodrama que acontece em grupo: as questões trabalhadas acabam por não ter apenas uma repercussão individual, mesmo a plateia, o público, acaba normalmente por ser tocado, por aprender algo com aquilo a que assistiu e em que participou de forma mais passiva;
- Moreno dizia: «Um verdadeiro processo psicoterapêutico deve visar a cura de toda a humanidade.» Cura no sentido o mais abrangente possível; o indivíduo vive inserido no(s) seu(s) grupo(s) e é nesta inter-relação que é necessário agir, ora com o enfoque no grupo (sociodrama), ora com o enfoque no indivíduo (psicodrama).

Foi uma excelente tarde de sociodrama. Muito obrigada ao grupo pela sua generosidade e pelas suas partilhas e questões. Até para o ano!!

Muito obrigada pelo convite e pelo acolhimento!!

Margarida Belchior
(03/05/2015)

sábado, 18 de outubro de 2014

"Uma construção conjunta"




Algumas fotos de uma sessão de sociodrama numa escola privada. Foi uma sessão de formação, um encontro em que foram abordados temas como "o que é educar hoje?", a história da escola ou o legado da sua fundação e, ainda, como integrar essas duas dimensões...

Foi uma excelente sessão, de quatro horas, com gente muito implicada e empenhada, que acabou com a dramatização de uma "construção conjunta" (ver fotografia acima), com a participação de todos, e deu origem a muitas questões e temas para serem processados.

Alguns desenhos que conduziram à "construção conjunta":

 Crescer

 
Magia e Fantasia


 Pégadas

 Comunicar

 Os afetos